terça-feira, 21 de abril de 2009

O MITO DO HERÓI

No mês de abril, dia 21, homenageamos Tiradentes, único herói brasileiro que tem um feriado nacional em seu nome.

Quando falamos de heróis em Psicologia, falamos de uma herança psicológica, estrutura que Jung denominou inconsciente coletivo e da qual faz parte o arquétipo do herói. Trata-se de um mito em que ocorre sempre uma jornada, um embate de vida ou morte, trazendo algo novo, como prêmio.

Nesse sentido Tiradentes cumpre esse papel, considerando todo o significado do “prêmio” que ele buscou.

Tiradentes é, na história do Brasil, um herói que lutou pela liberdade.
Embora haja divergências históricas, ele representa o despertar brasileiro para os ideais iluministas .

Enquanto a França declarava os Direitos Humanos e os Estados Unidos proclamava sua independência, os intelectuais brasileiros também queriam liberdade, conhecimento, igualdade.
Queriam a independência do Brasil e a criação da República, influenciados pelo pensamento filosófico da Europa e pela recente Revolução Francesa, que em 1789, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mostrava claramente a influência da Revolução Americana, defendendo o direito de todos à liberdade e a igualdade.

Esse marco representa um dos mais significativos na evolução da humanidade. O momento em que a pessoa humana passava a a ter importância por si só e não pelas posses ou hereditariedade. Foi uma mudança de paradigma nunca imaginada pelos governantes no início daquele século.

Quase duzentos anos se passaram até que fosse possível os países se juntarem, constituirem a ONU e então declararem Os Direitos Humanos Universais sobre os mesmos princípios .

É, podemos constatar que os progressos sociais humanos são lentos.Mais lentos do que os progressos tecnológicos.

O desenvolvimento psico-social não correspondeu ao progresso científico porque trata-se de uma mudança biológica adaptativa da espécie, envolvendo aspectos psicológicos estruturais presentes no homem ha milênios, do qual inclusive faz parte o mito do herói.

Nesse sentido Tiradentes cumpre seu papel e considerando todo o significado do “prêmio” que ele buscou. Sugiro que os historiadores deixem para as crianças aquilo que é simbólico, ficando os embates teóricos para os acadêmicos, que já não necessitam de heróis.

Se é que isso é possível...

Um comentário:

  1. Olá! Seja bem vinda a esse Universo chamado Blogsfera! Meu nome é Elaine e estou entrando na sua lista de Seguidores como blogueira, mãe e arte-educadora em formação.
    Boa sorte e sucesso!

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